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03 de dezembro de 2013

A importância das cirurgias oculares para pessoas com deficiência


A importância das cirurgias oculares para pessoas com deficiência

Blusa, bermuda e esmalte laranja. Esse foi a composição que Rita escolheu para retornar ao HCOE para sua primeira revisão. Laranja é a cor preferida de Rita, mas por cerca de 30 dias ela não a encontrava em nenhuma parte.
O 3 de dezembro, é marcado pelo Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Além de combater o preconceito, a data é importante como uma forma de alerta. Um exemplo disso, são as cirurgias para doenças oculares. Muitas vezes, pela pessoa possuir limitações ou, em alguns casos, não se expressarem com clareza, a família interpreta cirurgias como essas, desnecessárias. Não foi o caso de Margarida de Souza. Ela tem uma irmã portadora da Síndrome de Down, e ao perceber que Rita de Souza havia perdido a visão, buscou tratamento. Aos 48 anos, Rita desenvolveu uma catarata precoce e severa, uma característica da síndrome, que limitou sua visão e a impediu de realizar atividades do cotidiano como caminhar, se alimentar sozinha ou escolher a sua cor de esmalte preferida.
A cirurgia foi realizada de forma personalizada, para atender as necessidades da paciente. “O olho da pessoa com deficiência possui particularidades que refletem também no ato cirúrgico, até pela condição diferenciada do paciente. Então pensamos a cirurgia de forma especial, com uma anestesia diferenciada. O mesmo serve para o pós-cirúrgico que necessita de um maior apoio da família”, explicou a médica responsável pelo caso, Daniele Piai Ozores.
“Quando começamos a perceber que ela estava perdendo a visão, procuramos uma solução o mais rápido possível. A síndrome dela é acentuada, mas ela mantém sua independência e não podíamos tirar isso dela. Até para brincar e caminhar pela casa ela estava tendo muita dificuldade. Ver ela acordar depois da cirurgia, olhar para os anéis de Dra. Daniele e me dizer que eles eram bonitos foi uma emoção que me fez ter certeza que tinha valido a pena”, conta a irmã Margarida.
Para a oftalmologista, o caso de Rita se transformou em um exemplo para pacientes e familiares de pessoas com deficiência. “Todos nós temos direito ao bem estar, a utilizar os nossos sentidos. Quando o caso é reversível, é preciso buscar alternativas para que as doenças oculares sejam tratadas e a visão devolvida, ainda que tenha sido perdida de forma parcial. Por isso, todos devem realizar consultas frequentes para que a prevenção evite a evolução da catarata ou outras doenças”, alerta a oftalmologista. O final dessa história vocês já conhecem.
Trinta dias após a cirurgia, Rita pediu para sobrinha apelidada carinhosamente de “Ró” para pintar suas unhas e escolheu ela mesma o esmalte laranja. Vestiu a blusa estampada de laranja, a bermuda laranja e esperou ansiosamente pelo momento que voltaria a ver novamente os anéis da médica.

Você sabia?
Pessoas com Síndrome de Down possuem predisposição a desenvolver catarata congênitas, e nesse caso devem ser operadas logo após o nascimento, pois pode causar cegueira irreversível. É importante que os pais fiquem atentos, para que solicitem exames que podem identificar a doença. Além das cataratas congênitas, muitas pessoas com síndrome de Down podem desenvolver também cataratas na vida adulta. A distrofia da córnea (ceratocone) ocorre em aproximadamente 2% a 7% dos indivíduos com trissomia 21.


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