Seu nome poderia ser confundido com Juventude. Afinal, tanta vitalidade aos 103 anos em um homem chamado Juventino é difícil interpretarmos como coincidência. Desde que tinha apenas dois dígitos em sua idade, trabalha como 'negociador', e da profissão veio a capacidade de exercitar o cérebro com ligeiras contas de cabeça. Das consequências do tempo ficaram uma leve perda de audição, o apoio da bengala - por segurança -, e a dificuldade de enxergar o mundo por conta da avançada catarata.
Quando Juventino Queiroz entrou pelo nosso centro cirúrgico com seu sorriso largo, independência e energia, conquistou a equipe.
"Há cerca de cinco anos comecei a sentir dificuldade para ler, quando passou a me incomodar, conversei com meus filhos que queria fazer a cirurgia e já estou é vendo melhor. Foi muito rápido", contou.
Para o médico especialista em catarata, Alex Ozores, a catarata é comum em idosos, mas Juventino surpreendeu pela resistência genética. "Apesar da idade ele não possuía uma catarata avançada, foi uma cirurgia muito tranquila. Seu Juventino é exemplo de que não existe idade para buscar qualidade de vida e a visão é um dos mais importantes instrumentos para isso", explicou.
Quando questionado sobre sua possível receita da juventude: "Viver", respondeu com simplicidade e muito brilho no olhar.