HCOE - Hospital de Olhos

Emergência Oftalmológica
Segunda a sábado | 7h às 19h
Contatos
75.3604-9191
hcoe@hcoe.com.br

Notícias HCOE

19 de janeiro de 2017

Já ouviu falar em ceratocone?

Saiba mais sobre esta doença ocular que impede a projeção de imagens nítidas

Já ouviu falar em ceratocone?

Ceratocone é uma enfermidade não inflamatória, que afeta a estrutura da córnea, camada fina e transparente que recobre toda a frente do globo ocular. A córnea funciona como uma lente fixa sobre a íris, a área colorida dos olhos, e, através da pupila, projeta a luz sobre a retina. Alterações na transparência e curvatura da córnea podem comprometer a visão.

A principal característica do ceratocone é a redução progressiva na espessura da parte central da córnea, que é empurrada para fora, formando uma saliência com o formato aproximado de um cone. Esse defeito impede a projeção de imagens nítidas na retina e pode promover o desenvolvimento de grau elevado de astigmatismo irregular e miopia.

Ceratocone é uma doença genética, de caráter hereditário e evolução lenta, que se manifesta mais entre 10 e 25 anos, mas pode progredir até a quarta década de vida ou estabilizar-se com o tempo. A enfermidade pode atingir os dois olhos de maneira assimétrica, ou seja, o distúrbio pode afetar mais um olho do que o outro.

Causas e fatores de risco
Ainda não se conhece a causa exata da doença. Possivelmente, as alterações na superfície da córnea sejam resultado de inúmeros fatores que contribuem para a perda de elementos estruturais dessa membrana e vão desde o decréscimo no aporte de colágeno até o ato de esfregar ou coçar os olhos com frequência. Por isso, o risco de desenvolver ceratocone é maior nos pacientes alérgicos, que sentem muita coceira nos olhos. Ele também está presente nos portadores da síndrome de Down ou com alterações oculares congênitas, como a catarata e a esclerótica azul (branco do olho), por exemplo.

Sintomas
Há casos de pessoas com história da doença na família que apresentam um quadro de ceratocone subclínico, sem sintomas. Quando eles aparecem, porém, variam de acordo com a fase da doença. O mais característico é a perda progressiva da visão, que se torna borrada e distorcida (tanto para longe quanto para perto) e obriga a aumentar com frequência o grau das lentes dos óculos até que a solução é substituí-los por lentes de contato, que podem ser de diferentes tipos.

Fotofobia, comprometimento da visão noturna, visão dupla (diplopia), formação de múltiplas imagens de um mesmo objeto (poliopia) ou de halos ao redor das fontes de luz são outros sintomas da doença.

O recuo da pálpebra inferior provocado pelo crescimento do cone, quando a pessoa olha para baixo (sinal de Munson), e a perda aguda da visão causada pelo escape do humor aquoso que flui para dentro da córnea (hidropsia) são complicações que podem surgir nos estágios mais avançados da doença.

Prevenção
Ainda não se conhecem as maneiras de prevenir o aparecimento do ceratocone, uma doença de caráter genético e hereditário. No entanto, é possível controlar a evolução da doença nas pessoas geneticamente predispostas, corrigindo o hábito de coçar os olhos, tratando as atopias (rinite alérgica, certas alergias dermatológicas e asma, por exemplo) que possam causar a coceira e reavaliando as condições de adaptação e higiene das lentes de contato, se for o caso.

Fonte: Site Dr. Drauzio Varela
 


mais notícias » Leia também